Algumas reflexões sobre produtividade em Centros Cirúrgicos

Depois de alguns anos de experiência na área hospitalar, tive a oportunidade de conhecer diversos modelos organizacionais em Centro Cirúrgico. E é incrível como, apesar de utilizarem modelos organizacionais diferentes, a maioria dos hospitais enfrenta sempre os mesmos dilemas.
As particularidades do nosso modelo de financiamento, público ou privado, tanto faz, acabam por estabelecer o centro cirúrgico como uma unidade determinante na sustentabilidade hospitalar. E a posição ocupada pode ser extrema: pode ser o "pulmão financeiro" ou o "ralo inesgotável" de recursos. Tudo depende dos enfrentamentos e da consciência produtiva de cada hospital. Bastam algumas perguntas, para entender como esta gestão pode ser complexa:
  • Como é a estrutura de liderança de seu Centro Cirúrgico? Existe uma hierarquia para equilibrar demandas médicas, assistenciais, administrativas, etc.?
  • As salas de cirurgia são reservadas para equipes específicas? Como é monitorada a produtividade?
  • Como são disponibilizados materiais e insumos? Como é feito o controle?
  • Qual o modelo de agendamento? Como é o modelo de autorização das cirurgias?
  • Como os recursos são distribuídos perante as necessidades de investimentos?
  • Qual o modelo de abordagem com os cirurgiões?
  • Como são realizados os orçamentos particulares?
  • Como é monitorada a previsão e pontualidade das cirurgias?
  • Qual o padrão estabelecido para o "setup de sala"?
E por aí vai... poderíamos listar uma centena de perguntas e ainda assim existiriam pontos vazios. Ouso dizer que não encontrei ainda duas instituições com modelos iguais. Parecidos sim, mas é justamente na minúcia dos pequenos detalhes que reside a excelência.
Discutir modelos, de forma multiprofissional, otimizando pessoas, recursos e espaço físico é mandatório para encontrar o melhor mix, com ferramentas capazes de empoderar os gestores, aprimorar a segurança para pacientes e colaboradores, e potencializar resultados.

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